A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) entregou, nessa terça-feira (12), ao Ministério da Saúde a recertificação de país livre do sarampo. O status foi alcançado em 2016, mas foi perdido devido à baixa cobertura vacinal, que trouxe o vírus de volta ao país.
O Piauí registrou casos de sarampo pela última vez em 2019. De lá para cá, o estado segue livre da doença graças à vacinação. Em 2024, nenhum caso suspeito foi registrado.
No ano passado, a cobertura vacinal da 1ª dose no Piauí chegou a 93,20%, e este ano mantém o índice de 93%.
A vacina, que protege contra o sarampo, é a tríplice viral, e o esquema vacinal consiste em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos de idade e uma dose para adultos de 30 a 59 anos.
Para a coordenadora estadual de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, a recertificação é um alívio, mas alerta que a população não deve relaxar no controle da doença.
“Temos que manter a nossa cobertura vacinal alta para que o vírus não seja reintroduzido no país. Para isso, não podemos negligenciar a importância da vacina”, afirma.
O sarampo é uma doença extremamente contagiosa que pode ser evitada por vacina. Estima-se que uma pessoa infectada pode contaminar entre 12 e 18 pessoas. A transmissão ocorre por meio das secreções do nariz e da boca expelidas ao tossir, respirar ou falar.
Os principais sintomas são manchas vermelhas no corpo e febre alta, acompanhados de tosse seca, conjuntivite, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. A doença pode deixar sequelas e até causar a morte. Entre as complicações estão pneumonia, infecção no ouvido, encefalite aguda e morte.
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