As unidades prisionais do Piauí passarão a adotar a classificação de risco dos detentos a partir do próximo ano. A informação foi confirmada, nesta semana, pelo secretário da Justiça do Piauí, coronel Carlos Augusto, durante reunião de monitoramento das ações do Governo do Estado. O encontro teve a participação ainda das equipes da Secretaria do Planejamento (Seplan) e da consultoria Falconi.
O início da classificação ocorrerá no primeiro semestre de 2025, com a inauguração da penitenciária de segurança máxima que está sendo construída em Buriti dos Lopes, na região norte do Piauí. A nova unidade vai abrigar apenas os detentos que cometeram crimes mais graves.
“A nova penitenciária nos permitirá classificar presos de alto risco. Quem comete crimes de média, alta ou baixa complexidade hoje ingressa pela mesma porta de entrada. Com essa inauguração, poderemos direcionar os mais perigosos para uma unidade específica e deixar para os detentos de menor potencial ofensivo outras unidades”, explicou Carlos Augusto.
A reestruturação completa do sistema está prevista para dezembro de 2025, quando, segundo o secretário, será possível estabelecer um novo modelo de monitoramento e classificação dos detentos. “Com a classificação de risco em vigor, conseguiremos organizar as unidades por níveis de complexidade”, afirmou o gestor.
A Major César, localizada em Altos e que funciona no regime semiaberto, manteria seu status, destinada aos detentos de menor potencial ofensivo.
A nova unidade prisional de Buriti dos Lopes está 90% concluída. Ela terá capacidade para 307 detentos e contará com estrutura que inclui salas de aula e espaços para oficinas de trabalho. “Mesmo sendo de segurança máxima, haverá espaço para trabalho e educação, mas dentro de um padrão de segurança rigoroso e com protocolos específicos”, destacou o secretário.
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